cheguei como chego todos os dias: à vontade. Shilani me cumprimentou em espanhol e perguntou: “como se fala ‘hola’ em português?”. eu ri e respondi: “olá”.
ela riu também e perguntou há quanto tempo eu estava em Nova York. falei que fazia um ano naquela semana. ela fez cara de surpresa e disse que parecia menos. Shilani é séria, insiste em me chamar de Viviana, embora todos a corrijam, e só eu sei o tempo que demorei pra conseguir alguma interação além de: “só um flat white, por favor”. não abro mão do meu café com leite metido a besta e superfaturado todos os dias à tarde. e foram muitas doses até quebrar o gelo.
enquanto eu pensava nisso tudo, satisfeita por ter avançado na comunicação com aquela dominicana que mora há 12 anos na cidade, fui interrompida por uma nova voz que escapuliu do outro lado do balcão: “bom dia”. tinha muito sotaque.
“você fala português?”, dei corda à interação.
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