na edição de hoje: um disco, um show de comédia, um comunicador e um destino no Brasil. no final, um presente! liberei pra todos o acesso a uma das minhas crônicas.
minha tarefa mais difícil da semana que passou foi escolher o que indicar nessa edição da newsletter. o inverno no Hemisfério Norte está rendendo bons frutos, ainda bem. muitos conteúdos legais me alcançaram nos últimos dias e eu resisti à tentação de colocá-los todos aqui de uma vez só. eu gosto de manter nesse espaço um equilíbrio entre dicas bacanas e reflexões instigantes, de forma a evitar que a newsletter se torne um amontoado de informações gratuitas. já basta de estímulo pra exaustão coletiva que nos atinge.
depois de mais de um ano com esse projeto, eu consigo reparar nos ciclos naturais que vão se sucedendo, e me sinto mais tranquila. no começo, o excesso e a escassez me deixavam ansiosa. quando tinha muito sobre o que falar, ficava ligeiramente preocupada com o famoso timing. não queria perder o bafafá da galera. e quando não tinha muito de interessante pra compartilhar, temia ser a entediante do rolê.
obviamente, eu fui - e sigo sendo, amém - essas duas pessoas: a antenada que antecipou alguma indicação maravilhosa, e a sem graça que podia ter ficado calada vencendo (eu tenho uma própria figurinha com esse meme, que me representa muito). tudo isso faz parte da vida e também daqui, do ambiente digital. pra hoje, eu espero ser a primeira versão minha que eu descrevi aqui em cima, e te empolgar nesse começo de janeiro.
finalmente, os refrescos pra cronicamente online: Bad Bunny lançou um disco novo que entrou rapidamente no meu radar graças à trend inspirada na música que dá nome ao trabalho: DeBÍ TiRAR MáS FOToS.
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ok, os vídeos da trend são emocionantes. mas eu te desafio a ouvir qualquer música do álbum e não curtir uma que seja. Bad Bunny tem declarado repetidamente que esse é o trabalho da vida dele, um retorno às raízes e uma homenagem a Porto Rico, ilha onde nasceu e cresceu. o disco todo foi produzido no território latino por profissionais de lá.
o artista bateu diversos recordes e ganhou vários prêmios nos últimos anos, passou a viver em Los Angeles e Nova York e, com a consagração e a distância da terra natal, veio uma reflexão: o que, de fato, ele deixaria como legado artístico? Bad Bunny, então, fez um trabalho que se inspira profundamente em ritmos e artistas porto riquenhos, e trabalhou com outros artistas locais, como os alunos da Escola Livre de Música de Porto Rico. numa entrevista, ele contou que escolheu fazer algo que pudesse ser como uma semente pros músicos mais jovens.
tudo isso, e o disco ainda é gostoso de ouvir, envolvente, provocador. tem pitadas de crítica política, pensatas sobre como a gente tem gastado nosso tempo e romance. WELTiTA e NUEVAYoL (por supuesto) são minhas favoritas. é perfeito pra dançar, sozinha ou acompanhada, no verão ou no inverno. só aproveitem!
ainda na pegada: vale pras férias, sejam elas no calor ou no frio, abra a Netlflix mais perto de você e dê play no especial Michelle Buteau: A Buteau-ful Mind at Radio City Music Hall. é um show de comédia dessa mulher incrível, que eu admiro há algum tempo.
um aperitivo:
conheci Michelle Buteau na série Sobrevivendo em grande estilo - sobre a qual falei muito no podcast abaixo -, que deve ter segunda temporada neste ano, e não desgrudei mais. o trabalho dela é muito pessoal e, sempre, despretensioso. tenho admirado cada vez mais pessoas que não se levam a sério. é o caso dela, que fala sobre ser mulher hoje na sociedade, ser mãe, ser esposa, usar drogas, lidar com diferenças políticas, entre outros temas cotidianos. termina com gostinho de quero mais!
inspiração da edição
o Anthonio Silwa é alimento e presente pra mente. os vídeos dele são de maratonar. mestre em comunicação e cultura, ele é um cara que produz conteúdo profundo de forma simples. é como se ele abrisse uma porta e dissesse: vai lá, explora.
um lugar para conhecer
eu amo Paraty. a cidade na Costa Verde do Rio de Janeiro, a meio caminho de São Paulo, é um dos meus lugares favoritos no mundo. nós nos conhecemos em 2009, numa viagem memorável de uma jovem estudante de Jornalismo pra participar da Flip. saí de lá com vários autógrafos e muitas experiências que me fizeram abrir os olhos pra um mundo novo de conhecimento.
desde então, voltei muitas vezes, e Paraty sempre foi especial pra mim. não sei me localizar nas ruas de pedra do Centro Histórico, mas tenho um café favorito, o Montañita. ainda não achei a hospedagem perfeita lá, mas tive encontros inesquecíveis com as pessoas de lá. o turismo, de forma geral, é caro na cidade? é, sim. mas vale a pena se organizar pra conhecer, prometo. ainda mais agora no verão!





a arquitetura colonial é um lembrete da História do Brasil, que pulsa nas vielas da cidade que foi fundamental na rota de transporte do ouro explorado em Minas Gerais. vale a pena fazer um tour a pé pra conhecer melhor o passado e descobrir algumas curiosidades sobre os donos das casas hoje em dia.
Paraty também é um berço de belezas naturais. eu recomendo fortemente que você converse com os moradores e pegue dicas. há muitas opções de ilhas cercadas de águas verdes cristalinas pra conhecer em passeios de barco ou por trilhas. tem as praias selvagens de Trindade, a 40 minutos de carro do centro. e, também, muitas cachoeiras.



e se você gosta de estradas diferentes, sugiro fortemente uma esticada de carro até Cunha, já no estado de São Paulo, pra visitar o Lavandário. é um lugar encantador, onde são cultivadas… lavandas. o perfume e a calmaria do campo é reenergizante. e, se você chegar a tempo do pôr do sol, terá um espetáculo à parte pra admirar.






no caminho, dois minutos antes, pare no café Moara pra comer ótimos bolos e sanduíches tradicionais de padarias paulistas, como o bauru. ou mesmo um pão francês na chapa, com requeijão. parece simples e é, e essa é a graça: parar um tempinho à beira da estrada, comer bem, num jardim lindo adornado com itens de uma coleção curiosa (tem até porta de avião) e só apreciar a vida.
há algumas semanas, eu comecei a publicar quinzenalmente crônicas que escrevi aqui em Nova York. elas ficam disponíveis, primeiro, pros apoiadores pagos da newsletter e, depois, pra todos. a partir dessa semana, você pode saber o desfecho do meu encontro com meu diretor de cinema favorito.
obrigada pela companhia. enquanto a próxima edição não chega, nós podemos conversar lá em @vivi_dacosta. até mais!
Sonho conhecer esse lavandario de Cunha e muito lindo
Passamos por Cunha e por Paraty na semana do Reveillon e falamos em vocês e no lavandário. Adorei as dicas