esse texto foi escrito depois que eu me mudei pra Nova York e decidi transformar em crônicas minhas experiência na cidade. as edições são enviadas quinzenalmente e ficam disponíveis, primeiro, para quem apoia financeiramente a newsletter.
na cidade onde as propagandas vibrantes dos telões gigantescos são atração turística, as telas menores estão sendo banidas. não falo das telas radicalmente menores, as dos celulares. essas continuam reinando, plenas, propagando todo tipo de conteúdo. as telas de tablets e laptops que se tornaram objetos indesejados. ao menos, em cafeterias, padarias e toda sorte de estabelecimentos dessa categoria.
eu gosto muito de tomar café e, nos Estados Unidos, me surpreendi com a imensa variedade de grãos e opções de preparo que descobri. caiu pra mim o mito do café americano ruim. só toma café ruim aqui quem quer. mas, voltando às telas. eu compro café na rua diariamente e eu adoro explorar regiões da cidade a partir das fontes do líquido negro que elas oferecem.
o West Village é, possivelmente, o bairro que concentra as cafeterias mais descoladas de Nova York, fazendo jus ao histórico de berço criativo e cultural. me aventurei - e recomendo - desde o café miel do Buvette até o café com água de coco (enlatada) da Rhythm Zero. e, entre uma olhada e outra nos cardápios, reparei nos avisos de proibição dos eletrônicos.
porém, não reparei o suficiente a ponto de evitar ser a pessoa que desrespeita a norma. um dia, distraída, fui gentilmente convidada a sumir com meu notebook de cima da mesa numa cafeteria do West Village que, como o livro que atrai pela capa, me conquistou só pelo nome curioso: não alimente jacarés. do not feed alligators, no original.
na hora, eu fiquei constrangida e enfiei rápido o computador na mochila. depois, meu jacaré interno ficou contrariado com a reprimenda pública. os Estados Unidos inventaram o hábito de trabalhar remotamente a partir de cafeterias. como assim, agora, estão desinventando?
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