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não é uma cidade dura

#9 a vida em nova york

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Viviane da Costa
mar 20, 2025
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esse texto foi escrito depois que eu me mudei pra Nova York e decidi transformar em crônicas minhas experiência na cidade. as edições são enviadas quinzenalmente e ficam disponíveis, primeiro, para quem apoia financeiramente a newsletter.


ato 1

eu tinha acabado de me mudar pro apartamento novo, perto do movimentadíssimo Columbus Circle e de seus cruzamentos de carros, bicicletas e gente, que desorientam qualquer um. ainda mais uma recém-chegada. caminhava pela região com cuidado e atenção.

aproveitei os primeiros dias pra explorar a vizinhança. adorava sair pra correr no parque e parar em alguma cafeteria na volta pra casa, só pra me sentir familiarizada com tudo ao redor.

numa dessas, ao abrir a porta pesada da Le Pain Quotidien pra sair com meu copo enorme de cappuccino e viver uma gostosa manhã de domingo, notei que vinha alguém atrás de mim. segurei a porta. passou por ela um homem alto, de cabelos grisalhos penteados pra trás, com um terno bem cortado. ele me olhou e disse: “que raridade, gentileza. não existe mais muito disso hoje em dia”.

segui com um sorriso no rosto.

ato 2

na primeira ida ao supermercado, investi duas horas de olhar atento aos novos produtos da minha rotina e saí carregando mais sacolas do que deveria. por sorte, o prédio estava a poucos metros de distância. mesmo assim, cheguei à porta giratória da frente com os dedos doloridos e marcados pelas alças de papel da compra de mês.

parei. respirei. e me preparei pra reta final da jornada quando uma vizinha que devia ter mais ou menos a minha idade se aproximou e, já pegando duas das sacolas, disse: “quer ajuda?”. eu queria muito. e aceitei.

ato 3

um dos meus restaurantes favoritos na cidade é especializado em ramen. antes de ir até lá, o que eu sabia se resumia à qualidade da comida e à fama do chef, que tem até episódio do Chef’s Table só pra ele. o que eu descobri depois foi que eu passaria a frequentar o lugar mensalmente porque tem os funcionários mais bacanas e acolhedores que eu já conheci. hoje em dia, quando eu chego, além de trocar dicas de filmes com o Jimmy, ganho cortesias pra me agradar e impressionar os visitantes que levo pra comer lá.

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