na edição de hoje: 3 newsletters, dois filmes pra ver no cinema, um projeto novo sobre criatividade e um programão pra fugir do óbvio no verão carioca.
esse ano eu fiz algo que, se não me engano, foi inédito na minha vida profissional: tirei uns dias de férias em dezembro. e que decisão certeira! está sendo incrível ter momentos de puro ócio e poder desacelerar de verdade em meio ao ritmo frenético dessa época, quando costuma bater um cansaço mais acentuado na gente. no meu caso, acho que o fato de eu fazer aniversário logo no começo de janeiro (pessoal dos signos, deu pra sacar antes que eu sou capricorniana?) contribui pra essa sensação de sobrecarga. são dois ciclos se renovando ao mesmo tempo, né?



embora eu não seja a pessoa mais engajada em balanços do ano que passou e planejamentos pro ano que virá, acabo fazendo algumas reflexões nesse período. e, ao lembrar 2023, é impossível não pensar nesse projeto aqui, que me fez colecionar um monte de alegrias em cinco meses de existência. a mais recente foi durante a confraternização do meu grupo amado de corrida: a Rapha me disse que vai fazer uma viagem inspirada nessa minha aqui.
acho que eu nem consegui expressar como eu gostaria o meu contentamento quando ouvi isso dela. a ficha foi caindo aos poucos. é muito gratificante saber que uma experiência feliz que eu tive está inspirando as pessoas por aí e se multiplicando. dias antes, a Antonia fez um story da filha da dela, a Isabel, na exposição Funk: um grito de ousadia e liberdade, e arrancou um sorrisão meu no meio do plantão de sábado.
essas são só duas das muitas histórias que a vai sem tempo mesmo me proporcionou de agosto pra cá. não tenho números, mas tenho memórias de pessoas que me escreveram assim que eu lancei a newsletter, dando força. guardei prints de mensagens que me emocionaram a cada edição lançada. fiz novas webamigas (A vida acontecendo, Tempo para você e Contos compartidos), que estão produzindo conteúdo de muita qualidade e deixando essa loucura que é a internet mais interessante. e contrariei com categoria aquela crença falsa e traiçoeira que me fez adiar esse projeto por tanto tempo.
vou fechar o ano com 15 edições lançadas, cheia de orgulho e satisfeita de ter deixado minha intuição falar mais alto do que as inseguranças. nem sempre foi fácil encaixar esse compromisso na rotina, mas nunca deixou de ser prazeroso. às vezes, confiei mais na vontade do que no planejamento e deu certo, tô entregando mais do que eu queria lá no começo. muito obrigada pela atenção, pelo tempo e pela disponibilidade. se eu escrevo hoje com felicidade é graças a você que me permite essa conversa.
e pra gente continuar trocando ideias, vou deixar aqui duas sugestões de filmes pra você ver no cinema. realmente acho que as duas obras valem a experiência na tela grande.
no começo das férias, eu fui ao Estação Rio ver Monster, do diretor japonês Hirokazu Kore-eda. tem um cartaz enorme no cinema dizendo que o filme é o melhor do ano. e, de fato, foi o melhor longa ao qual eu assisti em 2023, entre os já lançados no Brasil. eu acho que esse é daqueles filmes que quanto menos o espectador souber, melhor. porque são muitas as surpresas que vão sendo reveladas durante a história e esse é o grande trunfo do roteiro do Yuji Sakamoto.
o drama começa bem devagar apresentando personagens aparentemente corriqueiros, que estão envolvidos num conflito. aos poucos, as camadas da história vão se revelando e enredando completamente quem está vendo. é uma obra belíssima e arrebatadora, mas ao mesmo tempo delicada e muito sutil. o diretor fez um trabalho impressionante com os dois meninos que são os protagonistas. quanto carisma essas crianças têm! é um filme surpreendente e que mexe com as nossas emoções mais profundas.
a outra dica é uma explosão de sensações: Wonka, de Paul King. o que me instigou a ir assistir ao filme foi essa crítica aqui do Rodrigo Salem. li e pensei: preciso me dar de presente de férias uma sessão num daqueles cinemas com poltronas que reclinam. e como eu fui feliz! o filme é encantador, os números musicais são perfeitamente produzidos, a cenografia e o figurino são impecáveis, é um espetáculo pros sentidos mesmo. você ri, se emociona, e sai do cinema doido por um chocolate.
inspiração da edição
tem projeto novo na área e eu, que sou MUITO entusiasta de novidades e curiosa, já abri a contagem regressiva pro dia 9/1. a Seiva se define como uma pequena escola, editora e comunidade criativa onde se acredita que a arte é para todos. ontem, eu esbarrei no perfil deles no instagram, graças à Nastacha, da
, e fui fisgada.preciso destacar aqui a legenda do post acima: Georgia O’Keeffe costumava dizer que até as coisas pequenininhas do nosso cotidiano devem ser feitas lindamente, com esmero e criatividade. Ela nasceu em 1887 e transformou o mundo dos artes; independente e inconformista, já era adepta do “tá com medo, vai com medo mesmo” 🌼
dei uma olhada no site e vi que, no mês que vem, vai começar a ser publicada a Aurora, uma newsletter diária sobre criatividade, um tema que apareceu muito pra mim nesse ano. eu sempre achei que criatividade era algo exclusivo e pra poucos. essa percepção mudou muito a partir de algumas novas perspectivas com as quais eu tive contato. agora, eu tô ansiosa pra receber essa newsletter e me aprofundar mais no assunto. 2024 promete!
dois lugares para conhecer
a corrida me levou a lugares que eu nunca tinha ido. geograficamente e metaforicamente falando. o papo mais “cabeça” eu vou deixar pra outro dia porque esse novelo tem muita linha pra ser puxada. hoje, vou focar nos termos práticos. afirmo sem medo de errar que um dos trajetos de corrida de rua mais desafiadores do Rio é a subida da Vista Chinesa a partir Horto. é também um dos mais gratificantes. pela sensação de ter superado um desafio, mas também, por proporcionar o contato com uma natureza que não está tão presente no nosso dia a dia quanto, por exemplo, as praias. é um mergulho na Mata Atlântica.
da entrada do Parque Nacional da Tijuca que fica no final da rua Pacheco Leão, no Jardim Botânico, até a Vista Chinesa são quatro quilômetros. alguns trechos são consideravelmente íngremes e mesmo a caminhada pode ser cansativa. por isso, aviso que dá pra ir também de carro ou moto. mas, se o condicionamento estiver em dia, não deixe de fazer o passeio a pé ou de bicicleta. vale muito a pena curtir com calma toda a exuberância visual das árvores e dos animais que moram ali, além de renovar o fôlego respirando muito ar puro.
recomendo que cliquem nos links que eu coloquei no texto pra tirar dúvidas sobre os horários e regras do Parque. outro detalhe importante: nunca fiz esse trajeto sozinha. no início da manhã, a região é bem movimentada, cheia de atletas praticando esportes, então, sempre me senti muito segura. e um bônus: eu já passei a virada do ano na Vista e foi uma experiência inesquecível. dá pra ver os fogos lá de cima, é muito lindo, e não fica cheio.
pertinho da Vista, mais um quilômetro pra cima, fica a Mesa do Imperador, de onde dá pra admirar o Rio de Janeiro de cima com toda a calma. essa subida é bem mais suave. quem vai de carro ou moto pode arriscar a caminhada nesse trecho.
já a descida do passeio é pra recarregar as energias. começando nas Cachoeiras do Horto. um bom banho de água gelada renova até a alma, né?



já de volta à rua Pacheco Leão, a parada final é no número 792, onde fica a Absurda Confeitaria. o lugar é um fenômeno e faz jus ao sucesso. os doces do chef Henrique Rossanelli são obras de arte, e, além de lindos, muito gostosos. sabe aquele doce que é diferente, mas não deixa de ser doce? então, é isso. você experimenta sabores que podem até ser inusitados, mas não deixa de ter a sensação de estar comendo algo confortável, com aquele acolhimento que só o doce dá. sim, eu sou uma formiguinha. meus doces preferidos da Absurda são o carrot cake e o pavê de cookies. o cardápio tem também opções pra um bom café da manhã ou lanche da tarde. aceito convites! rs
na semana que vem, vou mandar a edição extra de dezembro liberada pra todos que me acompanharam aqui em 2023. até lá!
em @vivi_dacosta eu compartilho mais sobre minhas inspirações. entre uma edição e outra por aqui, dá pra gente trocar boas ideias por lá. 😎
Vivi, dei um sorrisão ao ver a Tempo citada aqui. Muito obrigada. Mais feliz ainda com essa web amizade que surgiu e que a vinda pro Rio proporcionou. Das surpresas boas da vida. Nunca fui na Vista, um passeio para 2024!!
Eu só tenho a agradecer! Você me apresentou tantas coisas novas!!! A sua geração, influenciando a minha! Que máximo! Já falei e volto a repetir: tenho muito orgulho da mulher que você se tornou! Obrigada por tanto! <3