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ago 27·editado ago 27Gostado por Viviane da Costa

Sempre necessária você, Vivi!!! Eu estou tentando aprender a aceitar as minhas vulnerabilidades, mas, para além de aceitá-las, acolhê-las! E devo muito disso a você, que me indicou podcasts de mulheres maravilhosas (que o Thiago diz que eu mudei, desde que passei a ouvir podcast de mulher de "sovaco cabeludo" - não, não é uma fala pejorativa...é só uma brincadeira entre mãe e filho, pra definir mulheres que se posicionam perante os "machos" da espécie kkkk). Minha psicóloga me disse isso outro dia: que eu não preciso minimizar as minhas dores, porque alguém no mundo tá sofrendo mais que eu... É... é verdade! Eu não me permitia sentir minhas dores e fragilidades, porque, por exemplo, alguém que perdeu tudo tinha mais direito que eu! Mas é difícil se colocar essa etiqueta! De frágil... Porque a gente aceitou o rótulo de forte e não cumprir esse papel é demonstrar uma fraqueza, uma incompetência... Como assim vc não consegue?! Erroneamente, principalmente, nós, mulheres, somos ensinadas desde cedo a "sermos fortes", a dar conta de tudo, a fazer o jantar com o filho no colo, enquanto fala ao telefone com alguém e ao mesmo tempo ensina o trabalhinho da escola ao outro filho etc. Enquanto o homem, "coitado", não sobrevive a uma gripe... Afff! A gente precisa parar e gritar qd a carga estiver pesada, qd estiver doendo, qd não estiver cabendo... porque a gente não dá conta, mas quer ser a heroína que salva o dia (ou o almoço)... as gripes também nos derrubam... a vida tb nos dá rasteiras! Não quero dizer que tenhamos de performar de vítimas, mas a gente tem nossos calos apertados, nos sapatos que nos disseram um dia que tínhamos de usar, pra sermos mais bonitas! Aceitar a etiqueta de "cuidado, frágil" é libertador! Porque é assim que "a luz entra" nos cantinhos mais escuros e doídos da alma! Obrigada por ser aquela que, mesmo frágil, provoca rupturas... inclusive, de paradigmas! <3 ;)

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Regina, a forma como nossa relação se torna cada mais vez sólida aqui é sempre um incentivo pra continuar escrevendo - e aguardando um comentário seu em retorno. obrigada pela disponibilidade de tempo e atenção por aqui, pela troca, e por levar meu olhar adiante. eu amei essa história sua com o Thiago pq é um exemplo perfeito de como a gente se aproxima quando a gente fala e se ouve, né? um paradigma mudado de cada vez e a gente vai sempre caminhando pra frente!! <3

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ago 19Gostado por Viviane da Costa

Sou aquela pessoa que não ouve podcast. Mas decidi ouvir os conselhos de Vivi e hoje fui apresentada a Samantha Almeida. Obriagada pela generosidade de trazer as falas dessa mulher aos meus ouvidos nessa segunda-feira de sol. Ser imigrante brasileira é ser um corpo dissidente em terras portuguesas quando todos de olham como a pessoa racializada inferior. Estou aqui pensando sobre o ter noção de nossas histórias e o convite a abandonar a síndrome da impostora. Sempre me senti meio impostora, mas nunca fui mt boa em nada, mas entrego muito quando preciso. As vezes sinto que me falta paixão, noutras vezes sinto que é medo de crescer. Ser pequena é confortável. é mesmo? tô aqui, refletindo tudo isso por suas palavras. Qual a diferença da fragilidade e da vulnerabilidade? Uma pessoa frágil parece que quebra a toa, e todo mundo tem que tomar cuidade, mas talvez seja só uma fase quebrada. "Oi, estou quebrada pq desenraizei. Pq minha familia esta do outro lado do oceano. Pq foi aniversário da minha irmã e eu não estava lá pra abraça-la". E a vulnerabilidade? é escolha? A Samantha disse que as vezes ela escolhe não se vulnerabilisar em alguns espaços, mas a vulnerabilidade a encontra. Talvez ela chegue sem avisar pra puxar a nossa orelha, e lembrar que é pelas frestas que a luz entra. Obrigada mais uma vez ser uma voz que abraça

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obrigada por me abraçar em retorno!

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ago 14Gostado por Viviane da Costa

e não deveríamos ter todos essa etiqueta? ninguém é forte o tempo todo...

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concordo!

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