#13 a vida útil das indicações
um convite pra revisitar, reviver e compartilhar de novo o que foi bom
na edição de hoje: um filme e uma série FOFOS de amor, a poesia das ruas e o melhor restaurante vegetariano do Rio.
vai sem tempo mesmo fez seis meses no início de fevereiro e parece que foi ontem que eu mandei a primeira edição. saiu meio de supetão, com pouquíssimo planejamento, mas muita empolgação. eu percebi essa efeméride durante uma reflexão sobre o tempo que falta. tudo a ver com esse projeto, que nasceu da vontade de conversar mais demoradamente com as pessoas. hoje é tudo tão passageiro que, muitas vezes, sinto que falta de tempo nas conversas, de poder ouvir, pensar, deixar maturar uma ideia e retornar a ela.
o que puxou o fio dessa meada foi uma indicação que eu vi no instagram, na semana passada. alguém falava bem sobre a série O faz nada, no Star+. quando eu li, me bateu um estranhamento. eu mesma indiquei a série aqui, falei com amigos a respeito dela, explorei os vários aspectos que me agradaram, e pensei ter esgotado as discussões. mas, diante daquela indicação, tempos depois da minha, fui surpreendida pela certeza de que não esgotei coisa alguma.
essa série virou bagagem e vai aparecer em outros momentos da minha vida. ela é riquíssima de referências e reflexões. mas não é assim com tudo, algumas malas a gente tem que deixar pelo caminho pra seguir melhor. inutilidades pesam muito. mas, afinal, o que fazemos com tanto conteúdo?
eu, você sabe, compartilho aqui o que acho mais interessante e rico. mas tenho pensado sobre como tornar esse “arquivo” mais perene e útil, como evitar que o conteúdo se acumule sem ser aproveitado, igual aos meus e-mails na caixa de entrada. rindo de nervoso. eu mesma já escrevi que nem tudo precisa ser revolucionário, inesquecível. e continuo achando isso. mas também acredito que há coisas que merecem ser revisitadas e curtidas de novo. vale pra músicas, livros, lugares, experiências, tudo o que eu costumo colocar aqui.
enquanto eu não chego a uma solução pra newsletter, vou deixar minha dica pra você que não quer perder coisas legais por aí: compartilhe! não precisa escrever muito, como eu. um story pode ser suficiente pra começar um papo legal sobre aquela série que tem roubado suas sagradas horas de sono. ou faça como os antigos e marque um cinema com aquele amigo que tem gosto parecido com o seu e que vai adorar passar um tempo junto.
eu coloquei no texto acima vários links pra edições anteriores que têm dicas que continuam sendo excelentes. eu chequei porque, sim, também acontece de algo envelhecer mal, né… mas também trago novidades hoje!
comecei o ano vendo coisas mais levinhas paralelamente à minha maratona pro Oscar. os dois abaixo são romances água com açúcar que valem muito um balde de pipoca e bebida gelada num domingo livre de verão. vi que a previsão é de chuva pro próximo, hein!
Up Here: amor nas alturas, no Star+ e na Apple TV, é uma série musical que conta a história de Lindsay e Michel, dois jovens moradores da Nova York de 1999. os oito episódios, com menos de meia hora cada um, são um deleite pra quem é fã de musicais clássicos, estilo Broadway. o romance deles tem muitos desencontros e a temporada acaba com um gancho que daria perfeitamente pra uma continuação. mas li que a série foi cancelada. então, aproveite com moderação esses episódios pra dar boas risadas e lembrar como era viver sem smartphone. sim, era possível, mas parece mesmo difícil de acreditar que a gente conseguiu.
Upgrade: as cores do amor, do Prime, é um filme recém-lançado que também tem Nova York como cenário inicial, mas se desenvolve em Londres. os personagens principais, Ana e William, se conhecem no voo de uma cidade pra outra, e a história preenche todos os clichês confortáveis que nós esperamos desse tipo de filme. por que eu acho que vale a pena ver? porque a química dos atores principais é excelente, e porque a produção é muito bem feita.
inspiração da edição
se você mora no Rio, muito provavelmente já esbarrou com uma ladrilha pelos muros da cidade. o projeto da Fernanda Moreira acabou de completar sete anos.
“a palavra me dá caminho pra caminhar e isso é de uma salvação avassaladora.” @ladrilha
eu sou fã do trabalho dela desde o primeiro encontro. admiro o poder que a poesia dela tem de se fazer presente no inesperado. essa da foto é minha, ganhei de presente. 💜 você pode encomendar a sua aqui. é um trabalho personalizado, produzido sob demanda, especial.
dá pra ter a poesia da Fernanda em casa, também, em forma de livro: mar é sempre beira pra quem tem medo de fundo. eu comprei o meu em dezembro, depois de conhecê-la num evento por acaso. sorte a minha! devorei cada página com encantamento e já coloquei indefinidamente na cabeceira.
um lugar para conhecer
no ano passado, os dois principais principais prêmios de gastronomia do Rio de Janeiro escolheram o BROTA como o melhor vegetariano da cidade. eu conhecia algumas criações da chef Roberta Ciasca porque ela ocupou espaço menores na Zona Sul, antes de inaugurar esse restaurante lindo que funciona hoje na rua Conde de Irajá, 98, em Botafogo. eu me apaixonei à primeira visita.



e também renovei meus votos de amor pela comida do BROTA. quantos sabores novos e inesperados! essa possibilidade de ser surpreendida é o que eu mais gosto na culinária vegetariana. isso, claro, no meu caso, que como carne praticamente sempre nas refeições. o cardápio tem uma parte de beliscos e outra para comer junto. eu fui com uma amiga e nós provamos alguns pratos. infelizmente, não anotei os nomes, mas tirei fotos pra deixar vocês com água na boca.





vi que a carta de drinks é bem interessante, mas não provei dessa vez. aguardo relatos de quem conhecer essa parte do cardápio. compartilhar comida - e bebida - também é bem-vindo nesse espaço!
em @vivi_dacosta eu compartilho mais sobre minhas inspirações e minha vida. entre uma edição e outra por aqui, dá pra gente trocar boas ideias por lá. 😎
A série "O Faz Nada" é surpreendentemente maravilhosa! Segui a sua dica há um tempo atrás e é realmente muito boa! As de restaurantes, apesar de ficar com água na boca, tenho preguiça...morar longe do buchicho é bom e ruim ao mesmo tempo...aí, acabo ficando por aqui mesmo! Sempre que preciso, dou uma olhada nas edições anteriores da Vai sem tempo mesmo :)
eu vou anotando as dicas que não segui ainda em notas no celular e, as de restaurante, no google maps. acho que esse é o jeito mais fácil de não me perder. o único problema do maps é que são tantas dicas que não estabeleci uma ordem de prioridade, então às vezes demoro um pouco pra decidir qual seguir primeiro. 😂😂😂